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  • Equipe Arqio

Serviços Ecossistêmicos e a Arquitetura


Fonte: Pexels - Roman Odintsov

Serviços ecossistêmicos é o nome dado para os benefícios e ‘serviços’ prestados pela natureza para o bem da humanidade. De acordo com Classificação Internacional Comum dos Serviços Ecossistêmicos (CICES), são divididos em 3 categorias:

  1. Provisão: produtos diretos da natureza, como água, alimentos, etc.

  2. Regulação: do clima, qualidade do ar, controle de erosão, etc.

  3. Culturais: os benefícios que as pessoas tem ao entrar em contato com a natureza, espiritualidade, educação, relações sociais, etc.

Já ocorreram movimentos para a precificação dos serviços ecossistêmicos, com o intuito de as empresas e toda a sociedade entenderem o seu valor monetário, bem como dos impactos causados na natureza. Ou seja, uma fábrica de cerveja, por exemplo, deve arcar com qualquer impacto negativo [muitas vezes denominado Externalidades Negativas] no meio ambiente, caso ocorra. Esse pensamento tem um lado positivo, de endereçar o custo real das coisas, levando em consideração todo o serviço da natureza, mas, ao mesmo tempo, pode precificar coisas intangíveis. Qual seria o custo de ficarmos sem água potável? A água é um recurso precificado, mas que ao mesmo tempo não tem preço para um ser humano com sede. Além disso, para uma empresa que extrai recursos da natureza sem realmente ‘pagar’ não é vantajoso saber quanto isso custaria.


O cálculo da emissão de CO2 equivalente é também uma tentativa de quantificar o impacto de uma atividade socioeconômica. Mas a compensação não acontece a partir do momento em que se planta uma árvore, mas apenas 20 anos depois dela plantada. Então não resolve o problema, que são as emissões de hoje.

Tanto a quantificação como a precificação podem trazer resultados positivos no âmbito de minimizar os impactos, mas também podem trazer malefícios, pois a partir do momento em que se pode ‘pagar’ por esses serviços, eles podem ser explorados ao máximo, trazendo mais consequências para a natureza.


A arquitetura é uma atividade econômica de uso muito intenso de recursos naturais. Portanto, ela se enquadra principalmente nos serviços ecossistêmicos de provisão. Mas também tem um impacto importante nos outros dois. No caso da regulação, a arquitetura sustentável tem o potencial de minimizar o consumo de energia, água, no microclima, entre outros elementos relacionados à emissão de CO2 equivalente e na capacidade da natureza de regulação. No caso dos serviços culturais, desenhar ambientes integrados a natureza, promovendo cultura, encontros sociais e preservação também é o papel de uma arquitetura sustentável.


Entender os nossos impactos e trabalhar para que eles sejam positivos é o caminho para uma arquitetura sustentável e regenerativa. Você já tinha pensado nos serviços que a natureza presta e qual é o valor deles?


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