O que nós entendemos por sustentabilidade?
O conceito de desenvolvimento sustentável foi cunhado em 1987 no Relatório de Brundtland, “como aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades”. Mas e aí?
Nossa sociedade ainda não conseguiu encontrar esse equilíbrio de atender as necessidades atuais sem comprometer as futuras. Ainda assim, temos avançado vagarosamente, para discussões e soluções mais palpáveis de minimização das emissões de gases de efeito estufa e das mudanças climáticas. Aqui em casa, nós temos essa preocupação constante, em todos os níveis das nossas vidas, começando em casa com o que e de quem consumimos, com a nossa gestão de resíduos e relação com a natureza e os animais.
Está no DNA da Arqio sempre buscar soluções menos impactantes para o meio ambiente. Mas temos consciência de que trabalhamos em uma atividade que é responsável por boa parte das emissões de carbono no planeta. Nas cidades, as principais soluções construtivas ainda passam por materiais e métodos que são altamente poluentes, como o cimento por exemplo. Mas também vemos uma grande oportunidade de minimizar impactos e, eventualmente, equilibrar esses impactos ao longo do tempo.
E como nós podemos fazer isso então?
Para resultar em uma casa sustentável, na fase de projeto, nosso processo busca uma arquitetura bioclimática. A simulação computacional nos auxilia nesse desenvolvimento, dando informações importantes para tomada de decisão, como isolamento térmico para o frio e para o calor, dependendo da situação, ou sombreamento de janelas, escolha de cor e elementos de fachada. Dessa maneira, a casa vai proporcionar uma temperatura mais agradável e sem a necessidade de ar-condicionado ou aquecedor. O posicionamento e tamanho das janelas também influencia no conforto térmico e na disponibilidade de luz natural.
Definições para gestão da água também fazem parte dessa etapa. Para quem tem jardim, recomendamos plantas nativas, que não necessitam de irrigação intensiva ou nenhuma irrigação. Estabelecemos e pesquisamos dispositivos que apresentem baixo consumo de água. Também procuramos soluções com parceiros para aproveitamento de água de
chuva e reuso de água cinza, que podem contribuir com o abastecimento de água para caixas de descarga, irrigação e lavagem de pisos.
O projeto também deve proporcionar um dia a dia mais fácil na gestão de resíduos da casa. Lixos acessíveis e identificados de acordo com o tipo promovem a gestão mais adequada. A forma como consumimos também é fundamental para minimizar a nossa geração de resíduos.
No período de obra, priorizamos um consumo a materiais renováveis, que sejam produz
idos regionalmente, fomentando a economia local e percorrendo distâncias menores para entrega. A fabricação dos materiais consome muita energia, muitos recursos naturais e muita água. Então a contabilização do carbono na construção envolve a quantificação de todos os materiais e o cálculo de CO2 incorporado na fabricação de cada um deles. Também durante a obra, a gestão de resíduos é fundamental e é lei. Todo gerador é responsável pela destinação do seu resíduo, então é importante fazer uma pesquisa de destinatários que sejam licenciados e, preferencialmente, que façam a reciclagem do que for gerado em obra.
Por fim, a educação ambiental é essencial para que todas as estratégias que comentamos façam sentido. Uma casa sustentável, que facilita um estilo de vida com esse objetivo, precisa de um morador que esteja disposto e alinhado com a sustentabilidade.
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