O que Regeneração e Arquitetura tem a ver?

De alguns anos para cá vem surgindo e se aprofundando uma discussão sobre Regeneração. Em 2016 foi publicado o livro Designing Regenerative Cultures, do Daniel Wahl, traduzido para o Português em 2019. Esse livro desenvolve mais profundamente esse conceito e o aborda em diferentes esferas econômicas e de atividades humanas.

Para nós, esse conceito está muito ligado a sustentabilidade, já comentado no nosso post anterior, aqui. Porém, hoje já estamos em um ponto que, devido aos impactos já causados com a emissão de CO2, o consumo de recursos naturais, etc., já comprometemos e temos comprometido continuamente, pelo menos em parte, as necessidades das gerações futuras.

Aí entra a Regeneração, ou seja, uma tentativa de recuperar esses impactos, para que seja possível uma reversão mínima do aquecimento global e de escassez de recursos no futuro. É um objetivo bastante ambicioso, é verdade, mas necessário. Esse processo também passa pela regeneração da nossa relação com a natureza e de uns com os outros, do entendimento de que quando regeneramos a natureza, regeneramos a nós mesmos. A presença de cada um de nós tem o potencial de presentear o mundo de diferentes maneiras, impactando positivamente ou negativamente o sistema da vida na Terra.

A narrativa da separação [‘cada um por si’], bastante debatida pelo Charles Eisenstein, que entende que cada um é um indivíduo separado dos demais e da natureza, reforça a crença de que não temos influência para mudar o sistema, mas toda mudança no nível individual pode mudar o sistema, pois todos fazemos parte dele [Wahl, D.]. Em contraponto a narrativa da separação, foi criada a do Interser, na qual acredita-se que todos os seres estão interligados e tem influência positiva e negativa em todo o sistema da vida na Terra.

Na Arqio, almejamos um processo de inovação transformador, que não aspire o Status quo, mas que consiga transcender para um futuro viável, para a nossa geração e para as futuras.

E como isso entra na arquitetura? Nossa meta é participar da transição por esse mundo viável, produzindo ou ajudando a produzir uma arquitetura de menor impacto ambiental, que contribua com o processo regenerativo, que proporcione mais saúde e bem-estar e que nos reconecte com a natureza. É também compartilhar ferramentas e conhecimento para um dia a dia alinhado com esses conceitos e valores. E uma casa sustentável te ajuda nesse caminho.

Quer saber mais sobre regeneração, sustentabilidade, arquitetura sustentável? Confira nossos próximos posts 😉