Geralmente são assuntos abordados separadamente: arte e mudanças climáticas. Mas eles tem tudo a ver e eu vou te contar porquê.
Primeiro, o que é arte?
Se você está refletindo e não está chegando a uma única resposta, está no caminho certo. A arte tem múltiplos papéis na sociedade, e existem manifestações artísticas de todo tipo: música, teatro, cinema, arquitetura, dança, artes plásticas, performances, etc. etc. Não tem um conceito único definido e é muito pautada de acordo com a cultura de um lugar, além de já ter passado por muitas evoluções, revoluções e discussões.
É muito comum termos manifestações artísticas que comunicam e refletem acontecimentos históricos importantes. Um exemplo bastante emblemático disso é o quadro Guernica, de Pablo Picasso, que retrata os horrores da Guerra Civil espanhola, através do estilo cubista do artista. E o primeiro impacto das Mudanças Climáticas nesse mundo é o TEMÁTICO. O aquecimento global vem provocando grandes injustiças e catástrofes ambientais, por causa da ação do homem. E esse tema pertinente tem sido trazido em várias obras e manifestações artísticas, como essas aqui:
O artista, Evgeny Kazantsev, aqui imaginou como ficariam várias paisagens após mudanças climáticas mais drásticas, com desertificação, tempestades de poeira, degelo, etc.
No Armory Show em 2020, o artista Tezi Gabunia apresentou um vídeo em que uma galeria do Louvre era inundada (o que não ocorreu de fato).
O filme “Não olhe para cima” é uma comédia dramática que também trata, de uma certa maneira, do fato de as pessoas estarem se negando a acreditar e tem sido influenciadas por fake news.
Institutos e órgãos responsáveis por onde a arte é exposta e acontece, como museus, galerias, etc. também estão mudando gradualmente suas estruturas e propondo outros tipos de ESPAÇOS expositivos, sendo este o segundo impacto. Por exemplo, a integração entre a natureza e a arte de Inhotim também traz elementos nesse sentido. A sinergia entre os jardins e as galerias e o projeto de paisagismo, este que busca recuperar áreas que antes eram de pastagem, são a essência dessa área que trouxe a arte de forma tão singular e inovadora.
Fonte: autor.
Outro exemplo é a Tate Modern, em Londres, que já traçou diversas metas de redução no consumo de energia e compra de energia renovável.
E assim como essas obras de arte estão surgindo ao redor do mundo e instituições vem demonstrando suas preocupações ambientais, obras historicamente conhecidas e com valores tidos como inestimáveis foram alvos de manifestantes do movimento Just Stop Oil, uma organização que visa chamar atenção para as mudanças climáticas. O terceiro impacto e o mais polêmico são esses PROTESTOS, que causaram revolta, pois elas ocorrem através de transgressões como: jogar molho de tomate no quadro Girassóis de Van Gogh, colar as próprias mãos em quadros nos maiores museus do mundo, ou invadir estádios de futebol durante uma partida. E apesar de causar indignação, esse movimento resultou de fato em várias discussões sobre o futuro da humanidade caso a exploração de combustíveis fósseis continue crescendo ou se mantenha.
Fonte: https://www.rnd.de/politik/klimaproteste-der-gruppe-just-stop-oil-43T7XFXC3FGRHM6RF4RUXN6IWI.html
Nós acreditamos que através da arte as pessoas compreendam e se sensibilizem com o problema. Ela é um meio de expressar a gravidade da crise climática mais eficiente do que apenas a exposição de dados científicos, atingindo um maior número de pessoas.
Fontes:
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